sábado, 19 de novembro de 2016

EVERY WITCH WAY e outros remakes que não deram certo


Eu já fiz um post explicando o que é "remake" e quais são as diferenças entre esse termo e o termo "reboot" (clique aqui para ver), mas hoje, excepcionalmente hoje, eu vou listar os remakes que não funcionaram, que não deram certo, que desvirtuaram demais do caminho (e quando eu digo "demais" é "demais" mesmo).


"ATREVETE A SOÑAR" (2009 - 2010)

Já vamos começar internacionais, ou seja, tá rendendo. 
Na época chamada de remake, "Atrevete a Soñar" é a versão mexicana da novela argentina (por isso que é bom) "Patito Feo" (fiquem chocados, por favor). 
A novela até que parece ser interessante, mas é de longe um remake de "Patito Feo" (que regeu a minha infância). Foi dar motivos (adoro usar tópicos, perceberam?):
  • 1º: Quem usa til em cima do n? É muito complicado até pra mim;
  • 2º: A Antonella dessa novela não é igual (nem parecida) com a Antonella da versão argentina. A Antonella que a gente gostava odiar. Essa a gente só odiava mesmo e olhe lá...;
  • 3º: O relacionamento entre Patito e Mateo (como foi chamado) nem se compara com o relacionamento entre Patito e Matias (e com "relacionamento" eu refiro tanto à amizade quanto ao namoro que acontece depois), que é um relacionamento fofo;
  • 4º: Os personagens são completamente diferentes e sem graça. Por exemplo, Jose é uma ótima personagem, que consegue caminhar pelos núcleos e continua sendo divertida enquanto Cata (bizarro, eu sei) é sem sal e sem tempero (faltou Sazon aí);
  • 5º: As músicas são muito ruins e, na minha opinião, elas cantam muito mal. Se você pegar o clipe de "Y Ahora Qué?" das duas versões verá a clara diferença (de tom e afinação).
Conclusão: O mundo podia ter vivido sem isso.

"EVERY WITCH WAY" (2014 - 2015)

Chegou! Eu vou começar me defendendo e dizer que eu adoro Grachi e é só por isso que esse remake está aqui.
"Every Witch Way" é um remake americano de "Grachi", uma novela latino-americana.
As duas novelas narram a vida de uma menina adolescente que descobre ser uma bruxa, ou melhor, "A Escolhida". 
Vamos continuar com os tópicos:
  • 1º: Tá faltando coisa aí. Como no item anterior, tem algumas coisas faltando nesse remake, como (se prepara que a lista é grande) a mãe da Mecha (ou Andi), já que é ela que guarda o Hexoren, enquanto no remake o livro já está nas mãos de Emma (ou Grachi); as Panteras, que são incríveis e quatro, foram reduzidas a três pessoas sem sal que não fazem diferença nenhuma pra história (além da Maddie); a Rosa foi reduzida a uma fofoqueira que... sei lá... tá faltando algo aí;
  • 2º: Cadê a Matilda? Claramente, "Every Witch Way" não tem uma vilã como a Matilda em "Grachi". A Maddie pode tentar o que ela quiser, mas ela ainda precisa de muito feijão pra conseguir ser igualada a Matilda. Matilda é má e a Maddie não...;
  • 3º: Protagonista chata. Na Emma falta a prateleira de tempero inteiro e mais o que tem na geladeira porque meu Deus, que menina chata. Não acredito nela como protagonista, mocinha, bruxa, Escolhida. Assim como a Maddie, falta muito feijão pra ela conseguir ser igualada a Grachi, que tem carisma.
  • 4º: Déjà vu ao contrário. Sabe quando você sente que algo já aconteceu? Em "Every Witch Way" aconteceu o contrário. Sabe quando você sente que algo nunca aconteceu? "Every Witch Way" é um ótimo exemplo. Me acompanhe: "Grachi" tem três temporadas enquanto "Every Witch Way" tem quatro. O que aconteceu aí?
Conclusão: "Every Witch Way" funciona muito mais como uma história original do que como remake.

"REBELDE RIO" (2011- 2012)

Eu já fiz um post sobre isso (que você pode ler clicando aqui), mas eu achei melhor acentuar.
A versão brasileira da novela argentina foi dividida em duas temporadas e contava com Lua Blanco, Arthur Aguiar, Melanie Fronckowiak, Chay Suede, Sophia Abrahão e Micael Borges interpretando os papéis principais, numa trama que narra o cotidiano de seis adolescentes que estudam num colégio em regime de semi-internato e enfrentam os "dramas" típicos do período.
Os nomes dos personagens e seus perfis foram levemente alterados por Boury, roteirista desse remake, o que causou certa controvérsia entre os fãs da versão mexicana, que fora bastante popular no Brasil durante sua exibição.

"CORAÇÕES FERIDOS" (2012)

"Corações Feridos" é uma  novela produzida e exibida pelo SBT.
Escrita por Íris Abravanel e dirigida por Del Rangel, é inspirada na telenovela mexicana La mentira, escrita por Gilberto Reis, que por sua vez, havia sido inspirada no filme homônimo, dirigido por Juan Ortega com texto de Caridad Bravo Adams, em 1952.
E, apesar de ser recebida positivamente, a trama foi criticada por "alguns diálogos fracos com clichês românticos herdados dos mexicanos", consoante comentário de Dolores Olosco, jornalista da Folha de S. Paulo.
Jornalistas do portal Terra analisaram os cenários e figurinos estabelecidos e confeccionados pela emissora: "[antes] pareciam roubados de um brechó decadente, [agora] estão bem adequados aos personagens contemporâneos. Del Rangel oferece bem mais do que os 'big closes' que a Rede Globo insiste em repetir. O diretor trabalha com planos abertos que permitiriam, inclusive, uma movimentação cênica mais intensa. Ele ainda costurou as imagens da estreia com belos 'split screens'. Acima de tudo, sua câmara dialoga com atenção e suavidade com os intérpretes. É uma companheira discreta e precisa dos atores, o que revela o quanto Del Rangel deve à sua formação teatral".

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