Ninguém mais aguentava a expectativa pelo lançamento de "Pokémon Go" no Brasil. Depois dos atletas olímpicos reclamarem, um grupo de hackers invadir perfis do fundador do jogo e dedicar ataque ao Brasil, os brasileiros não perderam tempo.
Em menos de 24 horas, o jogo já colocou "ratos" no Congresso Nacional, facilitou assaltos (como em vários outros países), causou um atropelamento e até levou uma galera a cair num rio. Confira a lista:
1- POKÉMONS NA CRACOLÂNDIA
Além dos pokémons em si, o jogador de Pokémon Go encontra pelo caminho os pokestops - pontos onde há pokebolas e outros bônus do jogo. Mas o que a Nintendo não imaginava é que, em São Paulo, dois desses pontos fossem ficar exatamente na Cracolândia, próximo de onde há uma grande concentração de usuários de crack - na alameda Dino Bueno entre a rua Helvétia e a alameda Glete -, uma região que pode ser perigosa até durante o dia. Ali perto, também há três ginásios, onde você pode disputar com seus pokémons e subir de nível no jogo: um fica na entrada do Bom Retiro, o outro, no Arco Lombroso, e um terceiro fica na praça Princesa Isabel, na estátua do Duque de Caxias.
2- O BUBBASSALTO
Depois de tanto tempo de expectativa para a piada do "bubbassalto", ela finalmente se tornou realidade em terreno nacional. Na cidade de Vila Velha (ES), um adolescente de 14 anos estava jogando com um amigo na quarta-feira a noite quando teve que entregar seu iPhone para um ladrão armado. O amigo conseguiu fugir... Pelo menos não foi encrenca em dobro!
3- DESERTO OLÍMPICO
Assim que chegaram à Vila Olímpica, os atletas dos Jogos do Rio já reclamaram da falta de Pokémon Go no Brasil - já mostrando que, como todo vício, o jogo causa crise de abstinência. Agora, enquanto a internet brasileira comemora, eles ainda não estão 100% satisfeitos.
4- RATOS NO CONGRESSO
As paredes do Congresso Nacional não foram o suficiente para conter a onda do Pokémon Go. Um dos repórteres da rádio BandNews encontrou um Rattata dentro do Senado, durante nada menos que uma sessão da Comissão do Impeachment. Parece ser uma infestação, porque ali perto, na Câmara dos Deputados, outro Rattata apareceu enquanto durante uma reunião sobre um projeto de lei contra a corrupção. É bom lembrar que o algoritmo do jogo geralmente se adapta ao mapa: coloca pokemóns aquáticos perto de lagos e fontes, terrestres em parques e - coincidência ou não - roedores em Brasília.
Pokemon-rato, o ratata, aparece em comissão especial enquanto Sergio Moro fala. #pokemongo pic.twitter.com/xsIye8H4Ap— George Marques (@GeorgMarques) 4 de agosto de 2016
5- SE FOR DIRIGIR, NÃO CACE POKÉMONS
Antes de dar (mais) problemas, o Detran do Rio de Janeiro já bolou uma campanha para pedir que as pessoas prestem atenção no trânsito enquanto caçam pokémons. Batizado de #PokeSTOP, o esforço começou no Facebook, e tem como objetivo conscientizar os jogadores e evitar acidentes, como o atropelamento do jovem de Curitiba. A ideia surgiu quando os oficiais do Detran ficaram sabendo de um acidente em Baltimore, nos EUA: um rapaz bateu o carro em uma viatura de polícia enquanto estava jogando Pokémon Go.
6- OPERADORAS ATACADAS
O pacote de dados agora é a diferença entre um Pokémon raro e uma pokebola desperdiçada. Os clientes-treinadores se voltaram para o Twitter para implorar melhores planos de 3G que dêem mais suporte ao jogo (e durem o mês inteiro). Aconteceu tantas vezes que a Vivo teve que criar uma resposta padrão para os gamers, dizendo que vai fazer o possível para "capturar" essa oportunidade.
7- NÃO JOGUE POKÉMON, ESTUDE
"O Enem é mais importante que o Pokemon Go - quem captura conhecimento e treina tudo o que aprendeu vence a batalha mais sonhada: passar no #Enem". Parece brincadeira, mas é real: o Ministério da Educação aproveitou a popularidade do Pokémon Go para passar essa ~singela~ mensagem aos que prestam Enem esse ano. E claro, os comentários não deixaram barato: "O Enem te da a oportunidade de conseguir um aplicativo melhor, o Empre GO", diz um deles.
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